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ASSOCIAÇÃO DE ATLETAS OLÍMPICOS DE ANGOLA
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ANGOLA OLIMPISMO

85 REPRESENTANTES DE ASSOCIAÇÕES NACIONAIS DE ATLETAS OLÍMPICOS(NOA), 350 REPRESENTANTES ATLETAS DE 185 COMITÊS OLÍMPICOS NACIONAIS (NOCS), 50 FEDERAÇÕES INTERNACIONAIS (IFS), CINCO COMISSÕES DE ATLETAS CONTINENTAIS (ACS), OS ACS DE
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OLÍMPISMO

O Olimpismo, filosofia de vida que alia e exalta as qualidades do corpo, da vontade e do espírito, criando um conjunto equilibrado, tem como pontos fortes a aliança entre o Desporto, a Cultura e a Educação, cuja propagação contribui para o desenvolvimento do ser humano e da humanidade em geral. A filosofia olímpica, além da sua essência eminentemente pacifista, busca o estabelecimento de relações internacionais de cordialidade.

O Olimpismo, como tal, subdivide-se em três vertentes essenciais: o Olimpismo como tal, o Movimento Olímpico e o Espírito Olímpico.


PIERRE DE COUBERTIN E O OLIMPISMO

1. Desporto como direito

O perfil vocacional pedagógico de Pierre de Coubertin impulsionou-o a valorizar o desporto como um elemento básico na formação do indivíduo, afirmando que a sua prática, não devia ser considerada “como um objecto de luxo, nem uma actividade para ociosos nem sequer uma compensação muscular ao trabalho cerebral. É pelo contrário para todas as pessoas, uma fonte eventual de aperfeiçoamento interior, não condicionada pela condição laboral. É definitivamente, património de todos por igual e a sua ausência não pode substituir-se por nada”.

Em 1919 Coubertin, com a sua mente visionária, assenta as bases do desporto para todos. Todos os desportos para todos, diria. “Há aqui uma fórmula que vai ser classificada loucamente utópica. Porém, traz-me sem cuidado. Pensei e meditei longamente e considero-a justa e possível, dai os anos e as forças que me restem serão empregues em fazê-la em triunfar”.

2. O Comité Olímpico Internacional

Em 25 de Maio de 1925, Coubertin fez a avaliação e o balanço da actuação do COI por ele criado como resultado do Congresso de Paris em 1894.

“Se o Olimpismo moderno prosperou é porque existiu à sua frente um conselho de independência absoluta que nunca ninguém subvencionou e que recrutando-se a si mesmo, escapa a todo tipo de ingerência eleitoral, não se deixando influenciar nem pelas paixões nacionalistas, nem pela pressão dos interesses corporativos. Com um conselho supremo composto de delegados de Comités Nacionais ou Federações Internacionais, o Olimpismo estaria morto em alguns anos e, todavia, hoje se se renunciasse a esta condição essencial de permanência, o futuro estaria comprometido”.

3. Citius, Altius, Fortius

O lema olímpico “Citius, Altius, Fortius” foi idealizado em 7 de Março de 1891 pelo dominicano francês Henri Didon, amigo pessoal de Coubertin e estabelecido oficialmente como pela olímpico oficial no Congresso de Paris em 1894.

Coubertin, como pedagogo e sociólogo, exalta o espírito de luta como constante vital. “A vida é simples – dizia – porque a luta é simples. O bom lutador retrocede porém não abandona. Dobra-se mas não renuncia. Se o impossível se levanta perante a si, contorna-o e vai mais longe. Se lhe falta o alento, descansa e espera. Se é posto fora de combate, anima os seus irmãos com palavras e com a sua presença. E, até quando tudo parece derrubar-se ante ele, o desespero nunca o afectará”.

4. Cultura e Desporto

Nos Jogos Olímpicos antigos, dava-se a simbiose de competição desportiva com presença em Olímpia de literatos, filósofos, retóricos, poetas, escultores e historiadores. Pierre de Coubertin procurou implantar a ideia para os Jogos Olímpicos modernos, estabelecendo pela primeira vez o chamado Pentatlo das Musas (competições de arquitectura, pintura, escultura, música e literatura) nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912, nos quais Pierre de Coubertin, concorrendo debaixo de pseudónimo, obteve a medalha de ouro em literatura com a sua composição “Ode ao desporto”.

“O desporto – afirmava – deve ser concebido como produtor de arte e como ocasião de arte. Produz beleza pois gera o atleta que é uma escultura viva. Porém, além disso é ocasião de beleza pelas edificações que com ele se inauguram e pelos espectáculos e festas que gera”.

5. Os Jogos Olímpicos

A celebração dos Jogos Olímpicos foi valorizada por Coubertin, como o elemento mais destacado e notório do Olimpismo. “Os Jogos Olímpicos – dizia em 1906 – não uns simples Campeonatos Mundiais, mas uma autêntica festa quadrienal da “primavera humana”, a festa dos esforços apaixonados, das ambições múltiplas e de todas as formas de actividade juvenil de cada geração, que aparece no limiar da vida”.

6. Os Cinco Anéis Olímpicos

A Bandeira Olímpica foi concebida por Pierre de Coubertin em 1913, ondeando pela primeira vez num Estádio Olímpico, em Anvers em 1920.

“Estes cinco anéis, azul, amarelo, verde, vermelho e negro, representam as cinco partes do mundo unidas em frente do Olimpismo e prestes a aceitar fecundas rivalidades. Além disso, as seis cores (compreendendo o fundo branco) combinadas, representam os de todas as nações sem excepção. O azul da Suécia, o azul e branco da Grécia, os tricolores francês, inglês e americano, alemão, belga, italiano e húngaro, o amarelo e vermelho da Espanha, aproximando-se das novas nações brasileira ou australiana, como o velho Japão e a jovem China. Há aqui verdadeiramente um emblema internacional”.

7 . A Academia Olímpica Internacional

O histórico dos Jogos de Paris em 1900 e os seguintes de Saint-Louis em 1904, impulsionaram a procurar a organização de um organismo de vigilância e salvaguarda dos valores olímpicos. A proposta que neste sentido fez do governo alemão em 1937, uma vez terminados os Jogos de Berlim, é o antecedente mais directo dos factos que levariam a criação da Academia Olímpica Internacional em Olímpia (Grécia) em 16 de Julho de 1961.

8. O Museu Olímpico

Pierre de Coubertin valorizou a história “como a primeira de todas as ciências em importância e eficácia educativas” e daí que foi a grande ilusão da sua vida, a possibilidade de criação de um Museu Olímpico onde se conservam os testemunhos históricos da moderna caminhada olímpica. Em 23 de Junho de 1993, o presidente Juan António Samaranch inaugurava o Museu Olímpicode Lausana, ficando uma esplendida realiade o sonho do fundador do Movimento Olímpico.

Texto: Conrado Durántez

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